Tecnologias avançadas de escaneamento permitiram que um grupo de cientistas encontrasse uma passagem para o submundo zapoteca, no México.
Essa passagem é, na verdade, um complexo de túneis e câmaras subterrâneas. O sistema foi construído sob uma igreja católica no sul do país, próximo à cidade de Oxaca, há mais de mil anos.
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Primeiro: Quem era o povo zapoteca?
O povo zapoteca foi uma civilização pré-colombiana indígena que surgiu próximo ao fim do século VI antes da era cristã e viveu exatamente na mesma região em que os pesquisadores encontraram o complexo subterrâneo. Um dos motivos por que esta civilização ficou famosa através dos tempos foi o fato de que seus membros criaram diversos monumentos dentre os quais muitos prevalecem até hoje.
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Passagem para submundo zapoteca no México
A tradição oral do México sugeria que os colonizadores espanhóis construíram propositalmente o altar de sua principal igreja sobre a entrada de um labirinto subterrâneo. Este, por sua vez, continha vários acessos e passagens do antigo templo zapoteca. Esta construção recebeu, à época, o nome de Lyobaa, que significa “Local de descanso”.
Deste modo, os cientistas adotaram este nome para o projeto que buscava encontrar essas passagens subterrâneas. Para isso, os pesquisadores utilizaram os mais modernos métodos geofísicos. Então, no último dia 12, houve o anúncio que confirmou a existência do tal submundo zapoteca.
Tomografia de ruído sísmico
Os métodos que os arqueólogos utilizaram foram completamente não destrutivos e foram os seguintes: um radar que penetra o solo, tomografia de resistividade elétrica e, por fim, uma tomografia de ruído sísmico. Estas técnicas possibilitaram que os cientistas elaborassem um modelo 3D das ruínas subterrâneas.
Com isso, foi possível medir a reflexão das ondas eletromagnéticas e físicas ao passar pelas camadas do subsolo, além de outros materiais enterrados no local. Deste modo, revelou-se um grande buraco logo abaixo do altar principal, comprovando, portanto, a lenda ancestral mexicana.
Além disso, descobriu-se duas passagens que se conectam a esse buraco de cinco a oito metros abaixo do solo.
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